Castelos de cartas

quinta-feira, 8 de setembro de 2011


Por algum tempo, fui de carta em carta, construindo um castelo.
Era simples e especial, era um começo de uma grande fortaleza, era uma construção perfeita. Era forte.Depois de resistir a dias chuvosos, a inundações de culpas, a tempestade de falta.Tornou-se indiscutível, meu castelo de cartas era impenetrável, mas não indestrutível.Durante tempos resistindo a desastres naturais, sem temer, sem tremer, sem desistir.Mas não contava com os tornados, com os furacões e todos os seus sopros. Não contava com os terremotos e todo o seu tremor. Não contava com os tsunamis e todas as suas lágrimas.E minha fortaleza foi-se desfalecendo. Sobrara a incerteza se ela enfraqueceria definitivamente, ou seria a sobrevivente.Recebendo sopros e mais sopros, ela foi se desfazendo. Até uma última lufada, meu castelo de cartas desmoronou,e com os ventos as cartas voaram, voaram para um lugar onde possa se construir novamente.Reconstituiu-se em um castelo maior, mas não melhor.Foi um castelo às pressas, era necessário para agora, sem adiar, era preciso.Feita com pressa, teve imperfeições, teve falhas, ela era fraca, uma estrutura como feita de palha.E só ao som de sua voz, ela desmorona novamente...

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